Arquivos do dia: Março 9, 2023
ECR | Uso de marca-passo atrial para aumentar a frequência cardíaca durante o exercício não melhorou o desempenho em pacientes com IC com fração de ejeção preservada e incompetência cronotrópica
9 Mar, 2023 | 12:14hResumo: O ensaio clínico randomizado RAPID-HF investigou se o implante e a programação de um marca-passo com resposta adaptativa melhoraria o desempenho durante o exercício em pacientes com IC com fração de ejeção preservada (ICFEP) e incompetência cronotrópica.
O estudo envolveu 29 pacientes com ICFEP sintomática e incompetência cronotrópica, que foram submetidos ao implante de um marca-passo para o estudo. Após o implante, foram randomizados para receber estímulo do marca-passo com resposta adaptativa ou nenhum estímulo durante 4 semanas, seguido por um período de “washout” de 4 semanas e, em seguida, troca dos grupos intervenção vs. placebo por mais 4 semanas.
O estudo observou que a estimulação aumentou a frequência cardíaca durante o exercício precoce e pico, mas não houve melhora no desempenho do exercício ou na qualidade de vida. Apesar de uma frequência cardíaca de exercício mais elevada, não houve aumento no débito cardíaco durante o exercício, em virtude de uma diminuição no volume de ejeção. Além disso, o implante do marca-passo foi associado a eventos adversos.
Artigo: Rate-Adaptive Atrial Pacing for Heart Failure With Preserved Ejection Fraction: The RAPID-HF Randomized Clinical Trial – JAMA (gratuito por tempo limitado) (link para o Google Tradutor)
Editorial: Rate-Adaptive Pacing for Heart Failure With Preserved Ejection Fraction – JAMA (gratuito por tempo limitado) (link para o Google Tradutor)
Comentários:
RAPID-HF: Rate-Adaptive Pacing Doesn’t Help in HFpEF – TCTMD (link para o Google Tradutor)
Atrial Pacing for HFpEF Shows Lack of Benefit on Exercise Capacity – HCP Live (link para o Google Tradutor)
Comentário no Twitter
In patients with HFpEF and inadequate response of heart rate to exertion (chronotropic incompetence), implantation of a pacemaker to enhance exercise heart rate did not improve exercise capacity, symptoms, or exercise cardiac output. https://t.co/odBbeuuCPO #ACC23 #WCCardio
— JAMA (@JAMA_current) March 5, 2023
RS | Estimulação da medula espinal para dor lombar não fornece benefícios clínicos sustentados em comparação com placebo
9 Mar, 2023 | 12:12hResumo: A estimulação da medula espinal (EME) é um procedimento cirúrgico usado para tratar a dor lombar persistente, enviando sinais elétricos por meio de eletrodos implantados na medula espinal. A revisão incluiu 13 estudos (ensaios clínicos randomizados e estudos “crossover”) com 699 participantes.
A maioria dos estudos foi focada em efeitos de curto prazo (menos de 1 mês), mas a revisão constatou que é incerto se a EMA pode melhorar os resultados de curto prazo em comparação com o placebo. Aos 6 meses, a EME provavelmente não melhora a dor lombar ou nas pernas, a função ou a qualidade de vida em comparação com o placebo, com uma certeza moderada de evidência. Também foram relatados eventos adversos, incluindo infecções, danos neurológicos e migração de eletrodos levando à reabordagem cirúrgica.
A revisão concluiu que os dados não suportam o uso de EME para tratar a dor lombar fora de um ensaio clínico. As evidências atuais sugerem que a EME provavelmente não tem benefícios clínicos sustentados que superem os custos e os riscos desta intervenção cirúrgica.
Artigo: Spinal cord stimulation for low back pain – Cochrane Library
Resumo: Spinal cord stimulation for low back pain – Cochrane Library (link para o Google Tradutor)
Comentário do autor no Twitter
Our Cochrane review on spinal cord stimulators for #backpain out today.
Bottom line:
-Mod certainty evidence of no benefit vs placebo in medium term
-Uncertain if benefit on pain in immediate term
-Adverse events (infection, re-operation) commonhttps://t.co/lNJQeN96Zs— Adrian Traeger (@adrian_traeger) March 7, 2023
M-A | O uso de opioides para dispneia em insuficiência cardíaca não apresenta benefícios e aumenta o risco de efeitos adversos
9 Mar, 2023 | 12:11hResumo: O estudo teve como objetivo avaliar a eficácia dos opioides no tratamento da dispneia em pacientes com insuficiência cardíaca e avaliar seus efeitos adversos. Os autores conduziram uma revisão sistemática de ensaios clínicos randomizados (ECR) e incluíram 8 estudos com 271 pacientes.
Os resultados mostraram que os opioides não apresentaram benefícios significativos no tratamento da dispneia em insuficiência cardíaca avançada e aumentaram sobremaneira o risco de eventos adversos como náuseas, vômitos e constipação. Os autores sugerem que os opioides devem ser considerados apenas como último recurso quando outras intervenções falharem ou em situações de emergência.
Artigo: Effect of opioids for breathlessness in heart failure: a systematic review and meta-analysis – Heart (link para o Google Tradutor)