Ginecologia/Obstetrícia
Câncer de Colo do Útero: Rastreamento, Tratamento e Perspectivas Futuras
6 Jan, 2025 | 10:00hIntrodução: O presente texto resume uma revisão abrangente acerca do câncer de colo do útero, abordando sua epidemiologia, fatores de risco, diagnóstico, estadiamento e tratamentos atuais. O objetivo principal é fornecer recomendações baseadas em evidências para a prevenção, detecção e manejo dessa neoplasia, considerando tanto estratégias de saúde pública quanto abordagens terapêuticas personalizadas.
Principais Recomendações:
- Prevenção e Rastreamento:
- Vacinação contra HPV antes da exposição ao vírus, particularmente em adolescentes.
- Rastreamento regular por meio de teste de Papanicolaou e/ou teste de HPV de alto risco, seguindo as diretrizes atuais.
- Utilizar colposcopia e biópsias direcionadas quando houver alterações anormais nos exames de rastreamento.
- Abordagem de Doença Inicial (Estádios IA a IB2):
- Histerectomia radical com linfadenectomia pélvica, com opção de preservação ovariana para possíveis benefícios hormonais.
- Em casos específicos de tumores pequenos (menores que 2 cm) e margens livres, pode-se optar por cirurgia mais conservadora (histerectomia simples ou conização, conforme o caso).
- Para pacientes que desejam manter fertilidade, considerar traquelectomia radical com cerclagem, associada à avaliação linfonodal (em situações bem selecionadas).
- Tratamento de Doença Localmente Avançada (Estádios IB3 a IVA):
- Quimiorradioterapia combinada (radioterapia externa + braquiterapia) com cisplatina semanal como agente radiossensibilizante.
- Avaliar incorporação de imunoterapia (pembrolizumabe) em estádios mais avançados (III a IVA), conforme orientações recentes.
- Conservar intervalos de tratamento adequados (idealmente até 45 dias) para maximizar a eficácia do regime.
- Recorrência Central e Exenteração Pélvica:
- Pacientes com recorrência central isolada podem se beneficiar de exenteração pélvica, após avaliação cuidadosa de metástases à distância.
- O procedimento consiste na remoção en bloc dos órgãos pélvicos (útero, colo, bexiga e reto, em geral), com reconstruções específicas.
- Doença Metastática ou Recorrente (Primeira e Segunda Linhas):
- Quimioterapia com cisplatina ou carboplatina em combinação com paclitaxel, associando bevacizumabe quando indicado.
- Para tumores PD-L1–positivos, considerar adição de imunoterapia (por exemplo, pembrolizumabe).
- Casos refratários podem ser tratados com anticorpos conjugados (por exemplo, tisotumab vedotin ou trastuzumabe deruxtecano, dependendo de biomarcadores).
Conclusão: A adoção de estratégias de vacinação, rastreamento adequado e acesso a tratamentos modernos pode reduzir substancialmente a incidência e a mortalidade por câncer de colo do útero. O manejo atual envolve tratamentos individualizados, considerando cirurgia, quimiorradioterapia, imunoterapia e novas terapias-alvo. A incorporação de diretrizes globais e a priorização de políticas públicas podem levar à erradicação dessa neoplasia como problema de saúde pública.
Referência:
Tewari KS. Cervical Cancer. New England Journal of Medicine. (2025); Link: https://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMra2404457
Diretriz: Doxiciclina como Profilaxia Pós-Exposição para Prevenção de Infecções Sexualmente Transmissíveis Bacterianas
19 Dez, 2024 | 19:30hIntrodução: Este é um resumo de uma diretriz que aborda o uso da doxiciclina como profilaxia pós-exposição (doxyPEP) para prevenir infecções sexualmente transmissíveis (ISTs) bacterianas, particularmente sífilis, gonorreia e clamídia, em homens que fazem sexo com homens (HSH) e mulheres transgênero com histórico de IST no último ano. A recomendação baseia-se em dados de ensaios clínicos randomizados, visando reduzir a reincidência de ISTs e suas complicações associadas.
Principais Recomendações:
- Aconselhar HSH e mulheres transgênero com pelo menos uma IST bacteriana (sífilis, gonorreia ou clamídia) nos últimos 12 meses sobre os benefícios, riscos e incertezas do uso da doxyPEP.
- Orientar esses indivíduos a tomar 200 mg de doxiciclina o mais breve possível, idealmente dentro de 72 horas após exposição sexual (oral, vaginal ou anal) desprotegida, para reduzir a probabilidade de infecção subsequente.
- Reforçar a necessidade de triagem regular de ISTs (a cada 3 a 6 meses), incluindo testes sorológicos para sífilis e HIV, bem como testes de amplificação de ácido nucleico para gonorreia e clamídia nos sítios de exposição.
- Incorporar serviços abrangentes de saúde sexual, como estratégias de redução de danos, uso de preservativos, vacinações recomendadas e vínculo com profilaxia pré-exposição ao HIV (PrEP) ou cuidados para pessoas vivendo com HIV, quando apropriado, junto à doxyPEP para otimizar os resultados preventivos.
- Considerar a extensão da doxyPEP a outras populações de alto risco, incluindo pessoas heterossexuais com ISTs recorrentes, com base no julgamento clínico e na tomada de decisão compartilhada.
- Monitorar efeitos adversos, em especial efeitos gastrointestinais, e abordar preocupações quanto à resistência antimicrobiana, mantendo vigilância quanto à possibilidade de resistência da Neisseria gonorrhoeae e outras bactérias.
- Avaliar fatores sociais e éticos, garantindo acesso equitativo à doxyPEP e minimizando potenciais danos, como estigma ou violência interpessoal.
Conclusão: A implementação da doxyPEP em populações de alto risco representa um avanço importante na prevenção de ISTs bacterianas. Ao integrar o uso profilático da doxiciclina em programas de saúde sexual abrangentes, os profissionais podem reduzir a incidência de infecções e melhorar a qualidade de vida dos pacientes, considerando cuidadosamente questões de resistência antimicrobiana, equidade de acesso e impactos sociais. Pesquisas futuras devem incluir mulheres cisgênero, homens transgênero, pessoas não binárias e outros grupos sob risco, bem como avaliar o impacto de longo prazo na resistência bacteriana.
Ensaio Randomizado de Não-Inferioridade: Omissão da Cirurgia Axilar Mantém Mesma Sobrevida Livre de Doença Invasiva em 5 Anos no Câncer de Mama Estágio Inicial
13 Dez, 2024 | 12:13hContexto: A necessidade de estadiamento axilar cirúrgico (biópsia de linfonodo sentinela) no tratamento conservador da mama em pacientes com câncer de mama invasivo inicial e linfonodos clinicamente negativos (cN0) tem sido questionada. Com a crescente ênfase nas características biológicas do tumor, o papel prognóstico do status linfonodal diminuiu, e intervenções mais conservadoras podem ser consideradas, desde que não comprometam a sobrevida.
Objetivo: Avaliar se a omissão da cirurgia axilar (sem biópsia de linfonodo sentinela) é não-inferior em termos de sobrevida livre de doença invasiva em 5 anos, em comparação à realização da biópsia de linfonodo sentinela, em pacientes com câncer de mama T1 ou T2 (≤5 cm) clinicamente linfonodo-negativo submetidas a cirurgia conservadora.
Métodos: Este ensaio clínico prospectivo, randomizado e de não-inferioridade incluiu 5502 pacientes com câncer de mama invasivo cN0, T1 ou T2, candidatas à cirurgia conservadora da mama. As pacientes foram randomizadas (1:4) para omissão da cirurgia axilar (sem biópsia de linfonodo sentinela) versus biópsia de linfonodo sentinela. A análise per protocolo incluiu 4858 pacientes. Todas receberam radioterapia adjuvante do tipo padrão, sem alvo específico na axila. A sobrevida livre de doença invasiva, definida como tempo até recidiva invasiva local, axilar ou à distância, novo câncer invasivo contralateral, segundo tumor invasivo primário não mamário ou morte por qualquer causa, foi o desfecho primário.
Resultados: Após seguimento mediano de 73,6 meses, a taxa de sobrevida livre de doença invasiva em 5 anos foi 91,9% (IC95%: 89,9–93,5) no grupo sem cirurgia axilar e 91,7% (IC95%: 90,8–92,6) no grupo submetido à biópsia de linfonodo sentinela (HR=0,91; IC95%: 0,73–1,14), confirmando a não-inferioridade. Houve ligeiro aumento da recidiva axilar no grupo sem cirurgia (1,0% vs. 0,3%), mas sem impacto negativo na sobrevida. A incidência de linfedema, restrição de mobilidade e dor no braço ou ombro foi menor no grupo sem cirurgia axilar.
Conclusões: Em pacientes selecionadas com câncer de mama cN0, T1 ou T2, a omissão da cirurgia axilar foi não-inferior à biópsia de linfonodo sentinela em termos de sobrevida livre de doença invasiva em 5 anos, sem comprometer a eficácia oncológica e reduzindo complicações relacionadas à cirurgia axilar.
Implicações para a Prática: A omissão da biópsia de linfonodo sentinela pode ser considerada em pacientes com perfis de baixo risco, especialmente mulheres mais velhas com tumores luminais pequenos, potencialmente reduzindo complicações e melhorando a qualidade de vida sem comprometer o controle da doença. No entanto, a ausência de informação linfonodal pode impactar a tomada de decisão quanto à radioterapia e ao tratamento sistêmico, exigindo ponderação individualizada.
Forças e Limitações do Estudo: Forças incluem grande amostra, desenho prospectivo, randomizado e acompanhamento mediano de 6 anos. As limitações incluem a baixa proporção de tumores maiores (T2) e de subtipos biológicos mais agressivos, além da possibilidade de impacto nas decisões terapêuticas adjuvantes devido à falta de informações do status linfonodal.
Pesquisas Futuras: Estudos adicionais devem investigar a aplicabilidade desta omissão em subgrupos mais amplos, incluindo pacientes mais jovens, tumores maiores ou subtipos biológicos mais agressivos, além de avaliar estratégias adjuvantes que compensariam a ausência do estadiamento axilar cirúrgico.
Revisão sistemática | Adicionar ultrassonografia à mamografia aumenta a detecção de câncer de mama, mas aumenta falsos-positivos e biópsias
3 Abr, 2023 | 12:11hResumo: A revisão sistemática examinou a eficácia e a segurança da combinação de mamografia com ultrassonografia mamária versus mamografia isolada para rastreamento do câncer de mama em mulheres com risco médio. A pesquisa incluiu 1 ensaio clínico randomizado, 2 estudos de coorte prospectivos e 5 estudos de coorte retrospectivos, envolvendo um total de 209.207 mulheres.
Evidências de alta certeza de um estudo randomizado indicaram que a combinação de mamografia com ultrassonografia levou à detecção de mais casos de câncer de mama do que a mamografia isolada (5 vs. 3 por 1000 mulheres). No entanto, essa combinação também resultou em um maior número de resultados falso-positivos e biópsias. Para cada 1.000 mulheres rastreadas com a abordagem combinada, 37 a mais receberam um resultado falso-positivo e 27 mulheres a mais foram submetidas a biópsia.
A análise secundária dos dados do estudo revelou que, em mulheres com mamas densas, o rastreamento combinado detectou mais casos de câncer do que a mamografia isolada, enquanto estudos de coorte para mulheres com mamas não densas não mostraram diferença estatisticamente significativa entre os dois métodos de rastreamento.
Os estudos incluídos não analisaram se o maior número de cânceres detectados com o método de rastreamento combinado resultou em menores taxas de mortalidade em comparação com a mamografia isolada. Pesquisas adicionais, incluindo ensaios clínicos randomizados ou estudos de coorte prospectivos com períodos de observação mais longos, são necessárias para avaliar o impacto das duas intervenções de rastreamento na morbidade e na mortalidade.
Resumo: Mammography followed by ultrasonography compared to mammography alone for breast cancer screening in women at average risk of breast cancer – Cochrane Database of Systematic Reviews (link para o Google Tradutor)
Estudo mostrou aumento leve do risco de câncer de mama com anticoncepcionais somente de progestogênio, comparável aos métodos orais combinados
29 Mar, 2023 | 11:30hResumo: Um estudo e metanálise do Reino Unido examinou o risco de câncer de mama relacionado a anticoncepcionais hormonais, enfatizando os contraceptivos somente com progestogênio em mulheres pré-menopausa. Trata-se de um estudo de caso-controle aninhado usando informações do Clinical Practice Research Datalink (CPRD), um banco de dados de cuidados primários. O estudo incluiu 9.498 mulheres com menos de 50 anos diagnosticadas com câncer de mama invasivo entre 1996 e 2017, e 18.171 controles pareados. A metanálise combinou os resultados do CPRD com 12 estudos observacionais sobre preparações somente com progestogênio.
Os resultados revelaram que o uso atual ou recente de anticoncepcionais orais combinados, anticoncepcionais orais somente com progestogênio, progestogênio injetável e dispositivos intrauterinos com progestogênio levaram a um aumento semelhante no risco de câncer de mama. O risco absoluto excessivo em 15 anos associado a 5 anos de uso de anticoncepcionais orais combinados ou somente com progestogênio variou de 8 por 100.000 usuárias entre 16 e 20 anos de idade a 265 por 100.000 usuárias entre 35 e 39 anos de idade. O estudo concluiu que ambos os tipos de anticoncepcionais estão relacionados a um pequeno aumento no risco de câncer de mama, e esses riscos devem ser ponderados em relação aos benefícios do uso de anticoncepcionais durante os anos de idade fértil.
Artigo: Combined and progestagen-only hormonal contraceptives and breast cancer risk: A UK nested case–control study and meta-analysis – PLOS Medicine (link para o Google Tradutor)
Comunicado de imprensa: Study finds similar association of progestogen-only and combined hormonal contraceptives with breast cancer risk – PLOS (link para o Google Tradutor)
Comentário: Expert reaction to study looking at the association between hormonal contraceptive use and breast cancer incidence – Science Media Centre (link para o Google Tradutor)
Estudo de coorte | O uso de opioides para alívio da dor após o parto parece não apresentar risco significativo para bebês em amamentação
23 Mar, 2023 | 11:13hResumo: Este estudo do Canadá observou que os bebês nascidos de mães que receberam prescrição de opioides após o parto, frequentemente após uma cesariana, não apresentaram maior risco de danos após o nascimento do que os bebês de mães que não receberam prescrição de opioides.
O estudo incluiu 865.691 pares mães-bebês que receberam alta dos hospitais de Ontário dentro de 7 dias após o parto, entre setembro de 2012 e março de 2020. Os pesquisadores compararam mães que receberam prescrição de opioides dentro de 7 dias após a alta com aquelas que não receberam. Entre os bebês internados no hospital dentro de 30 dias, 2.962 (3,5%) nasceram de mães que receberam prescrição de opioides, em comparação com 3.038 (3,5%) que nasceram de mães que não receberam, mostrando que os bebês de mães que receberam prescrição de opioides não apresentaram maior probabilidade de serem internados no hospital por qualquer motivo.
Essas crianças tiveram apenas uma probabilidade marginalmente maior de visitar o departamento de emergência nos 30 dias subsequentes, e não foram encontradas diferenças para outros desfechos graves, incluindo problemas respiratórios ou internação em uma unidade de terapia intensiva neonatal, e não ocorreram mortes de bebês.
Embora o estudo tenha algumas limitações, as altas taxas iniciais de amamentação no Canadá (90%) e a consistência dos resultados com o fato de que milhões de mães recebem prescrição de opioides após o parto a cada ano reforçam as conclusões.
Artigo: Maternal opioid treatment after delivery and risk of adverse infant outcomes: population based cohort study – The BMJ (link para o Google Tradutor)
Editorial: Opioid analgesia for breastfeeding mothers – The BMJ (link para o Google Tradutor)
Comunicado de imprensa: Infants of mothers given opioids after birth are at low risk of harm – BMJ Newsroom (link para o Google Tradutor)
Estudo comparativo destaca menor suscetibilidade das mulheres à parada cardíaca súbita durante atividades esportivas
21 Mar, 2023 | 11:43hResumo: Este estudo avaliou a incidência, as características e os desfechos da parada cardíaca súbita relacionada a esportes (PCS-rE) em mulheres. Dados de 3 registros europeus foram analisados, identificando 34.826 casos de PCS entre 2006 e 2017, com 760 casos (2,2%) sendo PCS-rE, incluindo 54 em mulheres.
A incidência média anual de PCS-rE em mulheres foi de 0,19 por milhão, mais de 10 vezes menor do que em homens (2,63 por milhão). Quando extrapolado para a população europeia, isso se traduz em 98 casos por ano em mulheres e 1.350 casos em homens.
Características, resposta de espectadores, tempo até a desfibrilação e taxas de sobrevida não diferiram significativamente entre mulheres e homens. Os resultados destacam o risco consideravelmente menor de PCS-rE em mulheres em comparação com os homens e devem ser levados em consideração ao planejar estratégias de triagem pré-participação no futuro.
Artigo: Incidence of Cardiac Arrest During Sports Among Women in the European Union – Journal of the American College of Cardiology (link para o resumo – $ para o texto completo)
Comentário: Incidence of Cardiac Arrest During Sports Among Women – American College of Cardiology (link para o Google Tradutor)
Comentário no Twitter
Women are at very low risk of cardiac arrest during sports: incidence in women was calculated to be 13 times lower than in men in 3 European registries, w/ no differences in profile, circumstances, mgmt or outcomes. https://t.co/CLl6amlIHO#JACC #CardioTwitter #SportsCardio pic.twitter.com/ADpakbwUKt
— JACC Journals (@JACCJournals) March 15, 2023
FDA emite novas informações sobre casos de carcinoma de células escamosas e linfomas em torno de implantes mamários
16 Mar, 2023 | 11:25hResumo: O Food and Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos divulgou uma atualização sobre relatos de carcinoma de células escamosas (CCE) no tecido cicatricial (cápsula) que se forma ao redor dos implantes mamários. O FDA tem conhecimento de 19 casos de CCE na cápsula ao redor do implante mamário a partir da literatura publicada, incluindo 3 relatos de mortes causadas pela doença.
Embora o FDA continue a acreditar que a ocorrência de CCE na cápsula ao redor do implante mamário seja rara, a causa, a incidência e os fatores de risco permanecem desconhecidos. Profissionais de saúde e pessoas que têm ou estão considerando implantes mamários devem estar cientes de que casos de CCE e alguns tipos de linfomas na cápsula ao redor do implante mamário foram relatados ao FDA e na literatura.
A FDA continua a solicitar que profissionais de saúde e pessoas com implantes mamários relatem casos de CCE, linfomas ou qualquer outro tipo de câncer ao redor de implantes mamários.
Comunicação de segurança FDA: Reports of Squamous Cell Carcinoma (SCC) in the Capsule Around Breast Implants – FDA Safety Communication – U.S. Food & Drug Administration (link para o Google Tradutor)
Comentário: FDA Issues Safety Communication on Reports of Squamous Cell Carcinoma in the Capsule Around Breast Implants – The ASCO Post (link para o Google Tradutor)
Conteúdos relacionados:
FDA Report: 660 Cases of Breast Implant-Associated Anaplastic Large Cell Lymphoma
Study: Long-term Outcomes of Silicone Breast Implants
RCT | Azitromicina intraparto não reduz a sepse e a mortalidade neonatal
14 Mar, 2023 | 13:02hResumo: Este ensaio clínico randomizado controlado teve como objetivo avaliar a eficácia da administração de azitromicina durante o trabalho de parto para reduzir a sepse e a mortalidade neonatal. O estudo randomizado envolveu 11.983 mães e seus recém-nascidos na África Ocidental.
O estudo não encontrou diferença significativa na incidência de sepse neonatal ou mortalidade entre os grupos que receberam azitromicina e placebo. Por outro lado, a taxa de infecções não invasivas – incluindo infecções de pele em recém-nascidos e mastite e febre puerperal nas mães – foi menor no grupo que recebeu azitromicina nas 4 semanas seguintes.
Os autores concluíram que esses resultados não suportam a introdução rotineira de azitromicina intraparto oral para reduzir a sepse e a mortalidade neonatal. No entanto, é importante observar que um estudo recente publicado no New England Journal of Medicine apresentou resultados conflitantes.
Artigo: Effect of Intrapartum Azithromycin vs Placebo on Neonatal Sepsis and Death: A Randomized Clinical Trial – JAMA (gratuito por tempo limitado) (link para o Google Tradutor)
Editorial: Still Looking for a Simple, Effective Prevention Measure for Neonatal Sepsis in High-Mortality Settings – JAMA (gratuito por tempo limitado) (link para o Google Tradutor)
Comentários:
Azithromycin during labor doesn’t reduce sepsis, mortality in newborns – CIDRAP (link para o Google Tradutor)
Effect of antibiotics during pregnancy on neonatal sepsis and mortality – MedicalResearch.com (link para o Google Tradutor)
Estudo relacionado com resultados conflitantes:
Azithromycin to Prevent Sepsis or Death in Women Planning a Vaginal Birth – New England Journal of Medicine (link para o resumo – $ para o texto completo)
Comunicado de imprensa: Single-dose antibiotic prevents maternal sepsis and death – NIH News (link para o Google Tradutor)
Comentários:
In large study, a single antibiotic dose slashed rate of sepsis in childbirth – STAT (link para o Google Tradutor)
Dose of azithromycin found to cut risk of maternal death, sepsis in childbirth – CIDRAP (link para o Google Tradutor)
Comentário no Twitter
Study results do not support routine introduction of oral intrapartum azithromycin to reduce neonatal sepsis or mortality. https://t.co/yDpg1CCGa2 pic.twitter.com/5Oc4HqZ4sX
— JAMA (@JAMA_current) March 7, 2023
Estudo de coorte | Exposição a AINE no início da gravidez está associada a riscos ligeiramente mais elevados de resultados neonatais e maternos adversos
7 Mar, 2023 | 11:39hResumo:
Um estudo de coorte nacional na Coreia do Sul, incluindo 1,8 milhão de gestações, investigou a associação entre o uso de anti-inflamatórios não esteroidais (AINE) no início da gravidez e resultados neonatais e maternos adversos.
O estudo revelou que as mulheres grávidas expostas a AINE no início da gravidez apresentaram um risco aumentado de oligo-hidrâmnio e tiveram uma probabilidade ligeiramente maior de ter um recém-nascido com malformações congênitas graves e baixo peso ao nascer. Esses riscos permaneceram elevados quando comparados com o uso de paracetamol ou com pacientes que já haviam utilizado AINE anteriormente.
O estudo sugere que os médicos devem avaliar a necessidade de prescrever AINE no início da gravidez em relação ao risco modesto, porém possível, de resultados neonatais e maternos adversos, e considerar a prescrição de AINE não seletivos por menos de 10 dias, com monitoramento cuidadoso contínuo para quaisquer sinais de segurança.
Artigo: Neonatal and maternal adverse outcomes and exposure to nonsteroidal anti-inflammatory drugs during early pregnancy in South Korea: A nationwide cohort study – PLOS Medicine (link para o Google Tradutor)