Revisão: Manejo Não Cirúrgico da Insuficiência Venosa Crônica
19 Dez, 2024 | 13:47hIntrodução: Este é um resumo de uma revisão sobre o manejo não cirúrgico da insuficiência venosa crônica, uma condição comum caracterizada por hipertensão venosa persistente, levando a sintomas como edema, varizes, alterações cutâneas e úlceras venosas. O foco principal é abordar fatores estruturais e funcionais que contribuem para a doença, considerando intervenções clínicas e comportamentais que podem melhorar a qualidade de vida e reduzir a progressão dos sintomas.
Principais Recomendações:
- Abordagem Multifatorial: Avaliar e manejar tanto causas estruturais (por exemplo, refluxo venoso segmentar) quanto funcionais (obesidade, fraqueza muscular, hipertensão venosa central).
- Terapia Compressiva: Recomendar o uso de meias de compressão graduada ou bandagens, ajustando o nível de compressão (geralmente entre 20-30 mm Hg ou maior) conforme tolerância e necessidade, visando reduzir edema e melhorar sintomas.
- Redução da Pressão Venosa Central: Incentivar a perda de peso em pacientes obesos, avaliar e manejar fatores como apneia obstrutiva do sono e disfunção diastólica cardíaca, evitando o uso excessivo de diuréticos.
- Exercícios e Elevação de Pernas: Orientar exercícios específicos para fortalecimento da musculatura da panturrilha e do pé, bem como a elevação frequente das pernas, a fim de melhorar o retorno venoso.
- Avaliação de Medicamentos Indutores de Edema: Realizar reconciliação medicamentosa, considerando que fármacos como bloqueadores de canal de cálcio e gabapentinoides podem contribuir para o edema.
- Intervenções Estruturais Seletivas: Em casos com refluxo venoso significativo associado a sintomas, considerar procedimentos endovenosos ou cirúrgicos como ablações, escleroterapia ou flebectomia, especialmente em presença de úlceras venosas não cicatrizantes.
Conclusão: O manejo não cirúrgico da insuficiência venosa crônica envolve intervenções clínicas, comportamentais e compressivas, buscando reduzir a hipertensão venosa e melhorar o retorno venoso. Abordar tanto aspectos estruturais quanto funcionais é essencial para otimizar sintomas, promover cicatrização de úlceras e melhorar a qualidade de vida do paciente.